Radioatividade

O QUE É?
A radioatividade é um termo químico que causa muita desconfiança e pavor em muitas pessoas, isso se deve ao que ela ocasionou em certas situações como por exemplo os diversos acidentes nucleares, sendo o mais conhecido o de Chernobyl. Porém, este não é um fenômeno ruim, também pelo fato de suas diversas aplicações em nosso dia a dia que possibilitaram entre outras coisas o avanço de tratamentos como o da radioterapia.
UM POUCO SOBRE SUA HISTÓRIA:
A radioatividade teve seu início como fato científico quando Henry Becquerel em 1896 depositou um sal de Urânio sobre uma lâmina fotográfica e após certo tempo notou que o mesmo havia deixado a marca das suas radiações emitidas nesta chapa. A partir disso, esse fenômeno causou curiosidade em diversos cientistas entre eles Marie Curie e Pierre Curie, um casal de químicos que trabalhava nos laboratórios de Becquerel. Em 1898, Marie Curie descobriu um elemento muito mais radioativo que o Urânio e o nomeou de acordo com seu país natal, era o Polônio. Após isso foi descoberto pelo casal Curie outro elemento ainda mais radioativo e então o chamaram de Rádio.
Em seguida, Ernest Rutherford descobriu as radiações alfa e beta o que contribuiu para a explicação do seu modelo atômico (conhecido como planetário) e também para os avanços nos estudos dos compostos radioativos. Em 1939 Enrico Fermi constatou que nêutrons liberados na desintegração de Urânio-235 incidiam em átomos vizinhos ocasionando desintegrações sucessivas, desta forma seriam possíveis reações em cadeia possibilitando assim a produção em grande escala da energia nuclear.
Em 1942 foi construído nos EUA o primeiro reator de Urânio-235 que foi utilizado também para a construção das bombas atômicas que atingiram primeiro Hiroshima e depois Nagasaki causando milhares de mortes. Após isso diversos outros acidentes foram ocasionados como o de Chernobyl e o do césio-137 em Goiânia.

     

A IMPORTÂNCIA E O QUE SÃO SUAS PARTÍCULAS:
  • Partícula alfa: são partículas positivas constituídas por dois prótons e dois nêutrons; não possui um alto poder de penetração. Esta partícula pode ser também chamada de núcleo de Hélio (He) por ter a mesma quantidade de prótons e nêutrons deste gás nobre.
  • Partícula beta: são partículas negativas constituídas por um elétron. Quando há excesso de carga negativa é liberada uma partícula beta negativa e quando há excesso de cargas positivas é liberado um pósitron ou partícula beta positiva. Seu poder penetrante é maior que o da alfa e menor que o da gama.
  • Partícula gama: é emitida quando mesmo após a emissão das alfa e beta ainda existam cargas a serem estabilizadas no núcleo atômico, sendo esse excesso liberado em forma de ondas eletromagnéticas. Este tipo de partícula pode atingir as nossas células sendo utilizada para esterilização de equipamentos médicos por exemplo. Sua capacidade de penetração é, portanto, maior do que todas as outras formas de partículas. Esta radiação é de natureza eletromagnética e portanto, não precisa de um meio material para se propagar. Alguns tratamentos para o câncer como a teleterapia utilizam este tipo de radiação e tem como efeito a diminuição da replicação das células malignas.

AS LEIS:
·         1.ª Lei: Lei de Soddy: um átomo instável emite uma partícula alfa (α), diminui o número atômico (Z) em duas unidades, ao passo que o número de massa (A) diminui em quatro unidades. Assim: 24α
·         2.ª Lei: Lei de Soddy, Fajans e Russel: um átomo instável emite uma partícula beta (β), aumenta o número atômico (Z) em uma unidade, ao passo que o número de massa (A) permanece o mesmo. Assim: -10β

CURIOSIDADES:
- A castanha-do-pará é um dos alimentos mais radioativos do mundo. No entanto, não pense que comer punhados dela lhe dará superpoderes. Você apenas vai defecar e urinar radioativamente. A razão para isto é que as raízes das árvores que produzem a castanha crescem tão profundamente no solo que absorvem níveis maciços de rádio, uma fonte natural de radiação.
- Lugares públicos geralmente têm placas ou sinais que indicam a saída brilhantes espalhados pelo lugar. Como eles são projetados para serem usados durante desastres, a fim de orientar as pessoas para fora em segurança, não estão conectados à fonte de alimentação principal do edifício (justamente porque devem guiar as pessoas mesmo em falta de eletricidade). Então, como geram essa luz? Baterias de longa duração? Não. A luz é gerada por amostras de um isótopo radioativo de hidrogênio, o trítio, no interior da placa. Infelizmente, no entanto, se esse mesmo desastre que cortar a energia também quebrar a placa, o isótopo radioativo pode escapar e contaminar o edifício.

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